Bacali Kumpocha nasceu em Maputo e cresceu em Nampula. A sua trajetória artística começou como músico, atuando como rapper nos anos 2000 em Nampula. Naquela época, a produção de videoclipes era extremamente escassa e cara — especialmente contratar profissionais como DJ Marcell para gravações. Essa limitação despertou nele a necessidade de aprender a criar os seus próprios vídeos.
Entre 2003 e 2004, começou a aprender a gravar vídeos e a explorar softwares de edição enquanto trabalhava num estúdio de música. Treinava com os computadores do Bpac-Studio, adquirindo prática e domínio técnico.
Em 2005, conseguiu gravar o seu primeiro videoclipe para artistas locais, incluindo Deltino Guerreiro, além de registar suas próprias músicas. Pouco tempo depois, em 2007-2008, comprou a sua primeira câmera de cassete, expandindo as suas produções.
Em 2010, recebeu um impulso importante: Gaudêncio Monteiro, fundador da GM-Produções em Nampula, reconheceu o seu talento e ofereceu-lhe um iMac para aprimorar suas habilidades. Kumpocha passou a colaborar em testes e trabalhos na Universidade Católica de Nampula (UCN), onde Gaudêncio era docente. A partir daí, começou a prestar serviços em toda a zona centro de Moçambique.
Em 2012, com a chegada de Emerson Miranda a Nampula, surgiu a oportunidade de colaboração que resultou numa proposta para migrar para Maputo. Na capital, Kumpocha passou a trabalhar com grandes nomes da música moçambicana, como Stewart Sukuma, Mano Azagaia, Ziqo, Humberto Luís, Júlia Duarte, entre outros.
Kumpocha iniciou com making offs de grandes artistas, muitas vezes em parceria com profissionais como DJ Marcell, que já tinham acesso a produções de alto nível.
Com o tempo, Kumpocha expandiu sua visão artística, transitando da música para a realidade documental e o audiovisual corporativo. Essa fase abriu portas para trabalhos com empresas, ONGs e instituições, incluindo produções para o Porto, projetos comunitários e iniciativas sociais.
Produziu conteúdos também para STV, Miramar, Tv Sucesso entre outras tvs nacionais, e, trabalhou no projeto "Geração de Ouro" de Faizal António.
Atualmente, Kumpocha prepara o lançamento do seu primeiro documentário sobre ritos de iniciação, que retrata o processo real dessas tradições moçambicanas.
Kumpocha já atuou como filmmaker e co-diretor em projetos como Caly, programas televisivos de Gabriel Júnior e filmes independentes ainda inéditos.