novembro 02
• Editado (nov 04, 2024)

Stewart Sukuma: Irreverência entre Ritmos, Sonhos, Raízes e Cinema

Proveniente de uma família modesta, Stewart Sukuma descobriu o gosto pela música ainda na infância. Em 1977, mudou-se para Maputo, onde aprendeu a tocar percussão, guitarra e piano. Sua carreira musical começou em 1982, quando passou a cantar em uma banda, e no ano seguinte, gravou seu primeiro trabalho para a Rádio Moçambique, que lhe rendeu o Prémio Ngoma de Melhor Intérprete Nacional.

Em 1987, gravou o álbum Independência com a Orchestra Marrabenta Star de Moçambique em Harare, no Zimbabwe, e se apresentou em importantes festivais na Europa, incluindo o Festival de Berlim e shows em Londres e outras cidades da Escandinávia. Compartilhou o palco com renomados artistas como Youssou N'Dour, Miriam Makeba, e Hugh Masekela.

Em 1995, Sukuma mudou-se para a África do Sul, onde produziu o álbum Afrikiti, combinando ritmos africanos e brasileiros com pop, cantando em português, inglês e outras línguas africanas. Em 1998, foi o primeiro moçambicano a estudar no Berklee College of Music, nos EUA, e no mesmo ano ganhou o Prémio de Música da Unesco em Moçambique. Ele se apresentou na EXPO'98, em Lisboa, e no Houston International Festival em 1999.

Em 2016, Stewart Sukuma foi condecorado como Oficial da Ordem do Mérito de Portugal pelo Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Stewart teve uma relevante participação musical no Filme AvóDezanove e o Segredo do Soviético, onde teve as suas músicas "Flôr, Julieta, Morabeza e Música Jovem". Suas músicas são ouvidas em certas cenas, tocando ao fundo, através de rádios que ajudam a situar a época e enriquecer a atmosfera cultural do filme.